Meu primeiro amor. Tenho que chacoalhar as conexões dos meus neurônios
para me lembrar, embora nem faça tanto tempo assim (uhum).
Era um menino bonito, loirinho, de olhos azuis, nerd até a tampa. E eu,
mais parecida com um alienígena, pés chatos com botinhas de soldado, corte de cabelo tigela, estrábica de óculos aro
grosso, ou seja, super modernosa (em Marte).
E eu naquele sonho, naquela fantasia, tentando sempre conversar, estar
perto, e nada. Até que houve uma virada de sorte azar, ou de azar com sorte.
Estávamos no recreio, eu tinha umas balas no meu bolso dei uma para ele,
e peguei a Soft vermelha, que eu adorava. Ele me contou uma piada, foi de
matar de rir, literalmente, a bala Soft entalou.
O menino ficou doido, batia nas minhas costas desesperadamente, e eu
naquela aflição, naquela tortura, sem conseguir respirar, até que ele, em um
ato heroico, me deu um soco forte nas costas que fez a bala saltar longe.
Sorrimos, um sorriso cúmplice. Eu na verdade queria, beijar, pular em
seus braços e dizer meu herói. Mas só disse obrigada, vermelha de vergonha ou
de bala Soft vermelha.
E acabou que não rolou nada entre nós, e, hoje em dia, ele nem tá bonito.
E eu, bom, meus consertos de beleza surtiram algum efeito. Não sou mais de
Marte, agora sou de Vênus!
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